terça-feira, 31 de agosto de 2010

.estrelas.


"É o nosso nome que está tatuado em nossos corações bobona.
teu nome foi gravado no meu coração... de onde ele não pode ser mais retirado.
quero viver pra sempre contigo... seja em carne, seja em amor.
se não for possível... vou te transformar em uma estrela, e tentarei ficar ao teu lado lá em cima. iluminando todos aqueles apaixonados que se acham injustiçados pela distancia.
vamos iluminar nossas crias...
vamos clarear a mente dos que tem dúvidas... dos que tem medo de tentar.
vamos ser pra onde eles vão olhar, e pedir por redenção.
e eu vou estar ali... brilhando ao teu lado.
nunca brilharei tanto quanto a ti... pq tua beleza é surreal. nunca que chegaria aos teus pés... mas prometo tentar brilhar tanto quanto a ti e proteger a quem nos pedir ajuda.
eu te amo meu amor... se isso não for o suficiente, ainda estarei aqui pra ver esse dia chegar.
pq eu não posso... e eu não quero viver nenhum dia da minha vida sem ti."

Por: http://palavrasaindasaosopalavras.blogspot.com/


(22/08/2010)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

.o último.


Eu me descubro ainda mais feliz a cada pedaço seu e de tudo o que é seu.
Às vezes você é tão bobo, e me faz sentir tão boba, que eu tenho pena de como o mundo era bobo antes da gente se conhecer.
Eu queria assinar um contrato com Deus: se eu nunca mais olhar para homem nenhum no mundo, será que ele deixa você ficar comigo pra sempre?
Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa, eu descobri que vale a pena ficar três horas te olhando sentada num sofá mesmo que o dia esteja explodindo lá fora.
E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam.
Quando a gente foi ver o pôr-do-sol e a gente ficou abraçado, e a gente se achou brega demais, e a gente morreu de rir, eu senti um daqueles segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais.
Eu olhei para você com aquela sua jaqueta que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem, que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo.
E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, aprender a cozinhar, arrumar seu quarto, escrever um livro, ser mãe. E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquele Sol, e todo o meu passado se pôs junto com ele. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia.
Eu te engoli e você é tão grande pra mim que eu dedico cada segundo do meu dia em te digerir. E eu não tenho mais fome, e eu tenho que ter fome porque eu não quero você namorando uma magrela.
E eu sonhei com você e acordei com você, e eu te olhei e falei que eu estava muito magrela, e você me mandou dormir mais, e me abraçou.
Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí olho pra você e você também está sempre rindo. Se isso não for o motivo para a gente nascer, já não entendo mais nada desse mundo.
E eu tento, ainda refém de uma certa personalidade raivosa que vez ou outra me invadem, tentar achar defeito na gente, tentar estragar tudo com alguma sujeira.
Mas você me deu preguiça da velha tática de fuga, você me fez dormir um cd inteiro na rede e quando eu acordei o mundo inteiro estava azul.
Engraçado como eu não sei dizer o que eu quero fazer porque nada me parece mais divertido do que simplesmente estar fazendo. Ainda que a gente não esteja fazendo nada.
Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado.
Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja.
Uma esponja rosa porque você me transformou numa menina cor-de-rosa.
Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança.
Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido cheio de rendas e babados, tirou as pedras da minha mão.

Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, eu te quero como meu ponto final.

.cartas de anita.



Já que não tenho coragem de assumir a minha loucura queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse.
E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio.
Eu queria que existisse um canto do mundo que nunca me dissesse “ei, você se expõe demais” e que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar porque sou briguenta, mas sou mais sensível que maria-mole em frigideira.
Eu queria ir para um planeta onde não existisse tempo de beijar e tempo de pirar. E eu pudesse ir agora ao seu mundo e te beijar até enjoar de você. E eu pudesse, de repente, gritar bem alto porque me irritam esses milhares de sons tecnológicos que você faz. Para mostrar que meio mundo te procura enquanto eu não posso te procurar porque a cartilha da vovó que casou dizia que a mulher nunca pode procurar o homem se não quiser ser usada por ele.
Eu queria mandar às favas a cartilha da vovó. E queria tirar essa voz do meu pai da minha cabeça, dizendo “minha filha, homem não gosta dessas coisas".
Eu sei que sou exatamente o que 98% dos homens não gostam ou não sabem gostar. Eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma. Basta eu ver o sinal de luz recíproca no final do túnel que eu mando minhas zilhões de luzes e cego todo mundo. Sou demais, tanto que ninguém aguenta. Ninguém entende nada. E eles adoram uma sonsa. Adoram. Mas dane-se. Um dia, um louco, direto do planeta dos 2% de homens, aparece.
E que se dane a natureza gritando no meu ouvido que não posso ser assim. Que boa fêmea sabe esperar nove meses, portanto deve saber esperar uma ligação ou um sinal de "pode avançar no joguinho". Eu não sei esperar nada. E a natureza gritando no meu ouvido então, já que sou birrenta, vou ficar sem nada mesmo. Porque é preciso saber viver. Atiram a gente nesse mundo, nosso coração sente um monte de coisa desordenada, nosso cérebro pensa um monte de absurdo. E a gente ainda precisa ser superequilibrada para ganhar alguma coisa da vida. Como se só por estar aqui, aturando tanta maluquice, a gente já não devesse ganhar aí um desconto para também ser louco de vez em quando. Quem é essa natureza maluca, quem é esse mundo maluco? Quem são esses doidos que exigem tanta certeza e tanta “finesse” e tanta postura da gente?
E eu queria te beijar até enjoar. Porque eu só sei curar uma vontade de me entorpecer de alguém quando sugo a pessoa até a última gota. O problema é que nesse mundo sem graça com celulares que apitam, mensagens no Messenger que apitam e policiais mentais que apitam "ei, segura a onda, não deixe ele perceber que pode comandar seu coração mole", ninguém mais sabe nem sugar e nem ser sugado até a última gota. Fica uma droga de um joguinho superficial de trocas superficiais. E ai de quem resolva sair disso. Vai ser tachado de louco de pedra. Maluco. E as meninas sonsas se dando bem, e eu dormindo abraçada com o travesseiro.
Já que não tenho coragem de assumir a minha loucura queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. E repetir, repetir e repetir o erro. E jurar que da próxima vez eu serei normal. E jurar que da próxima vez eu obedecerei á natureza, ao meu pai, à cartilha da vovó ou às meninas sonsas. E virar a rainha dos 98% dos homens que não sabem o que fazer com uma pessoa que nem eu. E depois chutar todos eles porque no fundo to pouco me fudendo pra essa maioria de idiotas.
Pode até ser meio solitário nadar contra a maré, mas como é gostoso olhar a multidão do outro lado e enxergar todo mundo pequeninho.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

.sentimental.


O quanto eu te falei? Que isso vai mudar, motivo eu nunca dei, você me avisar, me ensinar, falar do que foi pra você, não vai me livrar de viver.
Quem é mais sentimental que eu? Eu disse e nem assim se pôde evitar, de tanto eu te falar, você subverteu o que era um sentimento e assim fez dele razão pra se perder no abismo que é pensar e sentir.
Ela é mais sentimental que eu então fica bem, se eu sofro um pouco mais.
"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente. Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."

.sabe de uma coisa.


Mesmo que você cometa enganos e esteja errado sobre quase tudo, ainda assim a sua vida será uma aventura fantástica e muito divertida!
Você dormirá cada noite sabendo que fez tudo que podia - e isso fez a diferença!
Acordará a cada dia, antecipando o futuro, tão belo e excitante quanto puder imaginar!

E sabe de outra coisa?

Se você ouvir seu coração e usar a cabeça, nunca estará errado, porque querer é poder, mas é preciso saber querer...
Você pode querer tudo, mas se não souber querer, não vai querer...

Querer tudo, é querer nada!

sábado, 21 de agosto de 2010

.tear in heaven.


A primeira coisa que tenho pensado todos os dias quando acordo, nesses últimos meses, é que hoje é o dia em que vou escrever para amigos, família, amores, desamores e mais uma porção de estranhos, tudo o que tem acontecido desse lado de cá.

Não que vá mudar alguma coisa, mas só de saber que também não piorará, parece bastante vantajoso, para alguém que em momentos de tristeza, se afunda mais e mais em músicas, versos, textos e o que mais puder encontrar que não deixe esquecer daquilo que diz para todos que já passou, enquanto observa a obsessão ganhar pernas, mãos e independência.


Novos dias, novas experiências, novas pessoas, novas tristezas, novas brigas. Teria um milhão de motivos para escrever um livro inteiro de novos assuntos, mas quando sento nessa cadeira, em frente a esse computador, nesse quarto cheio de lembranças, é só isso que consigo pensar, e começo a perceber que tudo o que sou é baseado numa inspiração. Para escrever, dar conselhos e falar como se soubesse realmente do que estou falando. Mas em momentos como esse, quando não se tem mais a tal inspiração, ela vira uma fixação infantil, tudo parece inútil, e não serve pra mais nada além de fazer sofrer.


Não dá para se tirar conclusões, para ser feliz, para se inspirar, já foi tão enxugada que nem mais palavras bonitas se consegue tirar de lá, é só tristeza, é para isso que ela serve, para machucar e doer como se fosse a primeira vez.
Tudo parece velho e batido, como nas milhares de vezes em que os amigos fazem todo aquele discurso chato de “amor próprio” em que tudo o que você pensa é “To cagando para isso”.


Prometo que esse é o último texto que escrevo pensando nisso, da mesma forma como prometi inúmeras vezes não voltar àquele inferno, e que nos segundos em que pensava em voltar, eu via que era um daqueles momentos em que o melhor a se fazer é sempre a pior opção. Nunca haveria paz para aqueles que já começaram no errado, se mantiveram no errado, e a única coisa de certo que fizeram foi se encontrarem sabendo que seria a última vez. As pessoas têm medo de despedidas, mas o meu grande medo sempre foi não ter uma.


Dizem que a vida não nos dá mais do que podemos suportar, mas acho sim que a vida errou de destinatário dessa vez. Não suporto, não agüento, não quero ser forte e principalmente não quero passar disso. É o ponto em que deito de barriga pra cima, abro os braços e digo: “Eu desisto”.
Porque eu desisto mesmo. Não quero dar a volta por cima, não quero enriquecer com livros de “eu consegui, você também pode”, não quero me sentir livre daqui há 5 ou 50 anos, porque não quero que isso passe.


Acho que essa é sempre a parte que as pessoas nunca conseguem entender: Eu não quero que isso passe. Não quero mesmo, de verdade, do fundo de tudo o que me tornei, isso faz parte, e não quero perder toda a amargura que sou.
O fim não me faz mal, o que me faz mal é saber que esse fim traz consigo a obrigação de evidenciar o que já não se tem mais.


Não estou disposta a mandar tudo pro inferno, a não mais lembrar das partes boas e ruins sem conseguir distinguir qual era qual, não quero esquecer como se nunca tivesse existido, só tenho como meta, aprender a viver sem, e vou seguir com ela enquanto fizer sentido.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010


Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de falar, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.

.minha vida, minhas histórias.


“Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada não…”

.é encosto.


Todo santo dia, assim que acordo, tenho sempre a boa vontade de fazer meu dia lindo. Com amigos, risos, flores e filhotinhos de cachorro. O mais feliz possível, com tudo dando certo e na maior harmonia.
Boa vontade não falta, não costumo acordar de mal humor, ou reclamando da vida, mas de uns meses pra cá, a cada dia novo, uma porrada nova.

Ok, sei que a maioria das pessoas vão ler e pensar “Ah, sei bem do que ela está falando, também me sinto assim”, mas acredite, isso não é meramente azar. Não é normal alguém se foder tanto, em tão pouco tempo. É algo maior, mais forte… Só pode ser encosto.

E funciona quase como cagada de pombo: Tu se fode lindamente, e então aparece um engraçadinho e diz: “Ah, não se preocupa não. Depois da tempestade, vem à bonança”.
Bonança?
Como alguém tem a cara de pau de chegar para alguém que se fode mais que Conrado do Fudêncio e falar de “bonança”?
Depois da tempestade, vem à gripe, o nariz entupido, a amidalite… Vem tudo, mas definitivamente, a bonança não!

Acho que quando você vai crescendo, a vida começa a te apertar mais. A relação que você tem com as pessoas, começa a mudar, e tudo se torna mais complicado. Quando se é criança tudo é mais fácil e direto.
Você se machucou no pátio? Pode deixar que a Tia vai escrever na agenda e quando chegar em casa, a mamãe faz um curativo esperto.
Ta apaixonada pelo menininho da outra sala? Faz uns quinhentos coraçãozinhos numa folha de caderno com o nome dele dentro e manda alguém entregar.
Ta puto com o coleguinha porque roubou sua massinha? Espera a hora do recreio e puxa o cabelo dele com bastante força até o chão.

Não consigo lidar com essa nova realidade, novas pessoas, e novas relações, vejo sempre diferente do que está acontecendo, e sempre quando acho que não pode ficar pior, a vida me surpreende e mostra que merda nunca é demais. Coisas que deveriam ser simples, as pessoas complicam.
“Simplifique, simplifique!”
Podem dizer que é fase, que é pessimismo, mas de uma coisa eu estou certa: Banho de sal grosso e olho de boi, serão mais do que bem vindos.

.peão colorido.


Por trás do que você não entende, há sempre o que você não consegue entender.
As atitudes de alguém não são malucas. Elas tem um propósito, um objetivo, e isso é sempre o que as move em direção à alguma coisa.
Achar que alguém fez algo incompreensível e dizer “eu o conheço, não sei porque fez isso”, é querer fingir que conhece o que não conhece. Você pode não saber, mas o outro com certeza sabe.
Às vezes as pessoas nos surpreendem. E esse às vezes, pode se tornar mais constante do que o agradável.

É tudo minimamente calculado, como num jogo de tabuleiro, cada movimento, cada (re)aproximação, não importando de quem forem as pecinhas que ficarão pra trás.

E sabe aquele lance de nunca dizer o objetivo para não estragar com as chances de consegui-lo?
Durante todo o jogo, as pessoas vão achando que o objetivo é o que não é, vão achando então que tem certeza do que nem imaginam que seja, e aquele peão colorido continua a ganhar casinhas, vai subindo, vai derrubando outros, e seu objetivo não é nem de longe, o que todos juravam que fosse.

Mas quem está aparentemente ganhando, lá na frente, num azar de dados, pode cair justamente na casinha que todos fogem, e se ver novamente de onde começou.
E se aquela casa existe, alguém uma hora cai nela.

E correr o risco de cair um milhão de vezes de novo e de novo é desgastante até mesmo para o jogador mais experiente, e tudo isso dependendo apenas da sorte de um dado.
Nem sempre o 6 é a melhor opção. As vezes só o 1 já te salva.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

.medo.


“Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada.”

.vontades.


"Minha vontade agora é sumir. Chamar você. Me esconder. Ir até a sua casa e te beijar e dizer que te amo e que você é importante demais na minha vida para eu te abandonar. Sacudir você e dizer que você é um otário porque está me perdendo dessa maneira. Minha vontade é esquecer você. Apagar você da minha vida. Lembrar de você a cada manhã. Pensar em você para dormir melhor. Então eu percebo: IT’S ME, e minhas vontades são bipolares demais. Só o que não é bipolar demais é a minha ganancia por te ter. Sim, eu escolheria você. Se me dessem um último pedido, eu escolheria você. Se a vida acabasse hoje ou daqui mil anos, eu escolheria você."

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

.diálogo final.


- É tudo que tem a me dizer? - perguntou ele.
- É! - ela respondeu.
- Você disse tão pouco.
- Disse o que tinha para dizer.
- Sempre se pode dizer mais alguma coisa.
- Que coisa?
- Sei lá. Alguma coisa.
- Você queria que eu repetisse?
- Não. Queria outra coisa.
- Que coisa é outra coisa?
- Não sei. Você devia saber.
- Por que eu deveria saber o que você não sabe?
- Qualquer pessoa sabe mais alguma coisa que outro não sabe.
- Eu só sei o que sei.
- Então não vai mesmo me dizer mais nada?
- Mais nada.
- Se você quisesse...
- Quisesse o quê?
- Dizer o que não tem pra me dizer. Dizer o que não sabe, o que eu queria ouvir de você. Em amor é o que há de mais importante:
o que a gente não sabe.
- Mas tudo acabou entre nós.
- Pois isso é o mais importante de tudo: o que acabou. Você não me diz mais nada sobre o que acabou?
Seria uma forma de continuarmos.

domingo, 15 de agosto de 2010

.coragem.


Venhamos e convenhamos que pra tudo que a gente vai fazer na nossa vida a gente precisa de coragem.
Pra sair da cama de manhã a gente precisa de coragem.
Pra fazer aquela prova de química que você não estudou nada, você precisa de coragem.
Pra ir tomar banho frio numa noite gelada você precisa de coragem.
E essencialmente, você precisa de coragem no amor.
Não é fácil amar. Não é fácil se entregar. Não é fácil passar por dificuldades que se mostram enormes. Não é fácil a saudades. Não é fácil a distancia. Não é fácil não tem em quem esbarrar em quanto dorme. Não é fácil não ter uma abraço na hora do desespero. Não é fácil não poder olhar nos olhos. Não é fácil não tem um ombro pra chorar quando o aperto no peito vem. Nada do amor é fácil.
Mais é simples.
Tudo se trata de escolhas, sim ou não.
Mais pra tomar decisões é preciso de que? CORAGEM.
Coragem pra mim é a mais importante de todas. Tendo coragem de fazer oque eu quero eu luto contra uma coisa dentro de mim, eu luto contra o meu subconsciente, luto contra meu lado precavido, inseguro e covarde.
Mais isso é bom, é bom ter um motivo pra lutar.
É bom saber que tua luta, a tua peleja tem um propósito, um objetivo e é ainda mais estimulante saber que quando tu chegar aonde tu quer tu vai ter um abraço e um beijo antes de subir no teu pódio.
Isso é indescritível. Eu a essa altura da minha curta vida já consegui muitas coisas pelo qual eu desejava, mais pra te-las eu precisei tentar, eu precisei errar pra levantar a cabeça e dizer: "Eu faço melhor que isso.".
É bom o sentimento da vitória, mais é ainda melhor desfrutar do que tu tanto lutou pra conseguir.
Se o meu dia, o seu, ou o de quem quer que seja ainda não chegou, cara, viver não é fácil.
Mais tudo depende do que tu faz pra que os teus dias sejam bons e produtivos, não adianta só querer, querer é bom, mais não é tudo.
Você tem que literalmente meter a cara, dar a cara a tapa, escutar o que não quer, por que é assim, a gente não consegue nada sem esforço, até pra ser corajoso é preciso esforço.
Se tu deseja algo mais que tudo nesse mundo, não to falando de uma bolsa, um sapato, uma guitarra, to falando de um amor, de sucesso, e principalmente de paz e felicidade.
Se o que tu deseja não é material, se é algo que tu só vai conseguir com suor, com dor, com lágrimas, sei lá, luta.
E quando tu cair, levanta, e anda, não fica parado se lamentando, chora, sofre, mais anda, continua na estrada.
Por que quando tu chegar lá, no teu pódio, tu vai olhar pra trás e vai ver que cada lágrima, cada sofrimento, cada queda, não foi desperdício, vai ver que teus dias de luta valeram a pena, vai ver que teus dias não foram em vão.
E se tu lutar e não conseguir, não se abala, se tu tem a convicção que tu deu o teu melhor por aquilo que tu queria, então tu fez o que tu pode por aquilo.
Se não deu, vamo lá, o que mais tu quer pra tua vida? Começa de novo.
Cada dia nos deparamos com uma nova dificuldade, um novo desafio.
E pra que a cada dia a gente possa colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo a gente precisa ter a certeza que fez o melhor. Fazer o melhor não é só fazer o possível, é fazer o impossível também.
Cada um tem o que mereçe, mais cedo ou mais tarde. Espero estar fazendo por merecer.

Espero um dia poder subir no meu pódio.

Tenha coragem.

Lute. Viva. Ame. Seja feliz.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

.duplicidade.


Ela era o dia. Ele a noite. Ela dormia demais. Ele tinha insônia. Ela ria. Ele ria. Ela gostava de escrever. Ele de ler o que ela escrevia. Ela acreditava no explicável. Ele em Deus. Ela cantava. Ele bebia. Ela no momento. Ele no amor. Ela chorava à toa. Ele ria sem motivo. Ela tinha trabalho. Ele uma profissão. Ela era a montanha. Ele o mar. Ela era a distância. Ele a saudade. Ela estava ali. Ele sempre lá. Ela tinha família que são seus amigos. Ele tinha amigos que são sua família. Ela acredita. Ele duvida. Ela tenta entender. Ele amava. Ela falava dormindo. Ele tirava o lençol. Ela é o frio. Ele o calor. Ela é incapaz de mentir. Ele nem sempre entende a verdade. Ela pensa. Ele sente. Ela sente. Ele pensa. Ela guarda pra si. Ele desabafa. Ela é imaginação. Ele o toque. Ela é o enigma. Ele a curiosidade. Ela escreve sem atenção. Ele pensa demais. Ela se cala. Ele fala demais. Ela está sempre ali. Ele nem sempre pode. Ela sonha. Ele vive. Ela é da Lua. Ele é da Terra. Ela tem medo de escuro. Ele tem medo do claro. Ela descreve as pessoas. Ele as observa. Ela pensa em crimes. Ele pensa em como acabar com eles. Ela lê rótulos de shampoo. Ele lê livros. Ela gosta de animais. Ele de pessoas. Ela escuta. Ele xinga. Ela tenta enteder os porquês. Ele tenta não responder. Ela acredita na vida. Ele acredita em hérois. Ela pensa que poderia se mudar. Ele gostaria de voltar para casa. Ela segue sonhando. Ele segue acreditanto. Hoje em dia ele dorme e ela tem insônia. E apesar de terem aprendido e ensinado muito um ao outro, ainda seguem aprendendo um com o outro. Ela vai esperar. Ele também vai continuar na estrada. Um dia ela pára de sonhar e ele volta a sorrir.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

.só.



Ela não escreve a bastante tempo, é não é por falta de tempo e talvez não seja por falta de criatividade, acho que é mais por falta de vontade mesmo.
Ela não tem mais a mesma intimidade com a escrita como ela tinha antigamente, talvez porque ela tem certeza que quando se escreve se mostra a fragilidade que ela insiste tanto em esconder.
Ela ainda escreve em 3° pessoa, mais quando da na telha escreve em 1°, já que é pra mostrar sentimento, se mostra por inteira.
Ela não sabe dizer se tem mel, mais conquista garotos com tanta facilidade, talvez com a mesma facilidade que ela perde a graça por eles.
Agora pra ela gostar de verdade tem que ter um diferencial, um diferencial que ela procurou em todos.
Talvez agora tenha encontrado.
Ela engordou um pouquinho nos últimos tempos, mais dizem que isso fez bem pra ela, apesar dela não achar.
Ela não ta amaaaando a escola não, é mais difícil do que ela imaginava, mais até que ta gostando, notas ruins e notas boas e assim vai.
Ela tinha uma cor preferida, mais agora não a tem mais, ou melhor tem, mais já não é a mesma. Todos ainda dizem que ela fica linda de vermelho, mais ela se prefere de branco, acho que isso tem a ver com sua futura profissão, ou não.
Ela não tem mais tantos amigos, mais os verdadeiros ainda estão com ela.
Tanta coisa mudou, mais tem outras que continuam do mesmo jeitinho.
Ela gosta das coisas difíceis, o fácil pra ela não tem muito valor.
Mais ela gosta de coisas simples, ela é estranha. Bipolar como eu disse.
Hoje tá feliz amanhã triste, hoje carente, amanhã não mais.
Hoje ela quer o passado dela de volta, mais amanhã ela já não o quer mais.
Ela não escreve mais tão bem, a afinidade que ela tinha com as palavras, foi embora junto com a vontade dela de escrever.
As vezes bate saudade, e correr pra escrever, de sentir amor, e correr pra escrever.
Mais sei la, ela ta mais fechada, BEEEM mais fechada, e não escreve mais, guarda tudo, antes guardava tudo em folhas de caderno, paginas da Internet, mais hoje, guarda a sete chaves, dentro de si mesma.
É que nem os seus sonhos, eles ficam só entre ela, e o seu travesseiro.
Sonho pra ela não é algo que começa com o fechar dos olhos e acaba com o amanhecer, isso pra ela chama-se sono.
Sonho pra ela começa a todo momento e só termina quando vira realidade.
Ela não mora sozinha, não cozinha, não limpa, não faz tudo, mais isso não significa que ela é irresponsável looonge disso, beem longe.
Talvez seja até responsável demais ou melhor responsavel de menos.
Ela tem a imunidade baixa e por isso vive resfriada, as amidalas dela já são grandes então inflamam com mais facilidade ainda.
Ela é medrosa sabe, mais não admite isso nem pra sua própria imagem no espelho.
Ela é sincera, é isso acho que nasceu com ela e vai morrer com ela, tem certos defeitos que a gente nunca consegue mudar.
A sua sinceridade já fez ela machucar muita gente, mais isso tem MUITO a ver com a filosofia dela de viver : '' Me faça sofrer com a verdade, não me faça feliz com a mentira ''.
É ela tem bastante filosofias, até demais.
Ela peeensa muito, e ainda sim age muitas vezes sem pensar.
O estilo bipolar a persegue.
Ela consegue ser muitas em uma, MUUUUITAS mesmo.
Mais tem uma, uma que mora dentro dela, que é a mais meiga, e mais simples.
Essa é a verdadeira ela, ou não.
A vida a ensinou muitas coisas, a maioria delas ela só aprendeu na dor, sim é uma cabeça dura.
Ela anda sentindo coisas no estômago (borboletas) dela, e não é fome, mais ela até pensa que é, e come, come e come pra ver se isso desaparece , talvez seja por isso que tenha engordado um pouco.
Ela não se permite muitas coisas, ela tem um pé atrás pra quase tudo, na verdade dois.
Ela começou escrevendo isso, achando que ia se resumir em 10 linhas, talvez tenha passado disso, e quer saber?!
- Ela nem conto metade do que ela é, ela é muitas em uma só.
E quer saber mais?!
- Talvez ser bipolar não seja tão ruim assim.