sexta-feira, 20 de agosto de 2010
.peão colorido.
Por trás do que você não entende, há sempre o que você não consegue entender.
As atitudes de alguém não são malucas. Elas tem um propósito, um objetivo, e isso é sempre o que as move em direção à alguma coisa.
Achar que alguém fez algo incompreensível e dizer “eu o conheço, não sei porque fez isso”, é querer fingir que conhece o que não conhece. Você pode não saber, mas o outro com certeza sabe.
Às vezes as pessoas nos surpreendem. E esse às vezes, pode se tornar mais constante do que o agradável.
É tudo minimamente calculado, como num jogo de tabuleiro, cada movimento, cada (re)aproximação, não importando de quem forem as pecinhas que ficarão pra trás.
E sabe aquele lance de nunca dizer o objetivo para não estragar com as chances de consegui-lo?
Durante todo o jogo, as pessoas vão achando que o objetivo é o que não é, vão achando então que tem certeza do que nem imaginam que seja, e aquele peão colorido continua a ganhar casinhas, vai subindo, vai derrubando outros, e seu objetivo não é nem de longe, o que todos juravam que fosse.
Mas quem está aparentemente ganhando, lá na frente, num azar de dados, pode cair justamente na casinha que todos fogem, e se ver novamente de onde começou.
E se aquela casa existe, alguém uma hora cai nela.
E correr o risco de cair um milhão de vezes de novo e de novo é desgastante até mesmo para o jogador mais experiente, e tudo isso dependendo apenas da sorte de um dado.
Nem sempre o 6 é a melhor opção. As vezes só o 1 já te salva.
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