quinta-feira, 28 de outubro de 2010


"Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. E fumo, e fico horas sem pensar absolutamente nada: (...)
Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se você concorda, as coisas por natureza já são tão duras para mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais.
Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruídos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta e você me leva pra Creta, Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo bem."

Caio Fernando Abreu

"Did you know you have a special way of turning around my terrible days? You make all the bad things go away the second that you say hello. It’s the way that you talk, that you laugh, that you smile. It’s the way that you make everything seem worth while the second that you say hello. It’s the way every love song reminds me of you. Along with the stars and the sunset here too. It’s the way that you make the sky seem more blue the second that you say hello…"

Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.

“Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama…“

"Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. (…) Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei! (…) Eu tive muito, muito mesmo, e sou grato por isso, mas desde os sete anos de idade passei a ter ódio de todos os humanos em geral. Apenas porque parece muito fácil se relacionar e ter empatia. Apenas porque eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho. Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos. Paz, Amor, Empatia."

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


"Depois de muitas frases lapidar, eu percebi que as rimas que que preciso, essas rimas esqueci e que o verbo amar não se conjuga sem você..."

quarta-feira, 20 de outubro de 2010


"Eu nunca fui uma moça bem-comportada.
Pudera, nunca tive vocação pra alegria tímida, pra paixão sem orgasmos múltiplos ou pro amor mal resolvido sem soluços.
Eu quero da vida o que ela tem de cru e de belo. Não estou aqui pra que gostem de mim. Estou aqui pra aprender a gostar de cada detalhe que tenho. E pra seduzir somente o que me acrescenta.
Adoro a poesia e gosto de descascá-la até a fratura exposta da palavra.
A palavra é meu inferno e minha paz.
Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que me deixa exausta.
Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo.
Sei chorar toda encolhida abraçando as pernas.
Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar...
Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente.
Acredito em coisas sinceramente compartilhadas.
Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou."

domingo, 17 de outubro de 2010


Okay, nunca tinha usado isso aqui pra falar diretamente sobre mim, mais quer saber: foda-se.
Não me importa se estou escrevendo pra ninguém, pra alguém, pro mundo, escrevo pra mim, tem todo esse lance de libertação, liberdade de expressão e blá blá blá.
Às vezes escrever uma só linha basta para salvar o próprio coração.
Queria tirar férias as mim, dos meus desejos, dos meus 'quereres', das minhas dúvidas, das minhas ânsias, dos meu medos, da minha insegurança, bem, de tudo de ruim, de tudo que me angustia, de tudo que maltrata essa pobre mente.
Todos querem uma vida mais fácil, mais confortável, mais segura, eu só quero viver minhas escolhas.
Cada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.
Quero que o fato de ter uma vida prática e sensata não me roube o direito ao desatino.
Que eu nunca aceite a idéia de que a maturidade exige um certo conformismo.
Que eu não tenha medo nem vergonha de ainda desejar.
Quero uma primeira vez outra vez.
Mais certo dia percebi que querer tanto, tudo, me faz mal.
Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas idéias minhas que não são muito abençoáveis.
Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor.
Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as que dão certo.
Me permitir ser um pouco insignificante.
Queria explorar mais meu lado transgressor, fazer o que eu quero, quando eu realmente quero, não digo pra atingir ninguém, maltratar, magoar, não, faz escolhas que só cabem a mim, que só desrespeitam a mim, que suas conseqüências sejam minhas, que eu sofra se der errado e que comemore se der certo.
Não quero me conformar com o tédio, não quero ser condescendente com a monotonia que minha vida está virando. Não quero me sentir culpada por minha vida ser ruim, quero poder fazer o melhor e não sofrer com ele e não achar que é esforço lutar por mim, lutar pela minha vida.
Estou cansada de viver as mesmas coisas, de pensar nas mesmas coisas.
Não que isso seja culpa ou fator de algo ou de alguém, nunca foi nem nunca será.
Tenho tido motivos pra estar feliz, mais não o suficiente.
Tenho me esforçado pra estudar, pra fazer alguém feliz, pra estar bem, pra sorrir, queria uma hora dessas me esforçar a chorar, mais isso tem vindo mais fácil e mais rápido que um espirro quando se está com alergia, porém, nunca, nada, pelo menos até hoje, tem sido o suficiente pra eu ter o que eu quero.
Não se trata de uma viajem, de uma roupa, de um sapato, de um livro, se trata de poder viver.
Pois é, absurdo isso, né? Devem estar se perguntando o por que disto.
As vezes vou confessar, nem eu sei o que falta. Elementar meus caros.
Infelizmente vida não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – Ah, esta me serviu direitinho!
Temos o que o grande e poderoso Deus nós dá e assim, ficamos aqui em baixo nos fodendo pra aprender a viver com ela.
Ficamos doente, magoamos pessoas, somos magoados, partimos nosso coração, choramos, sofremos, perdemos empregos, reprovamos de ano, ficamos de castigo, perdemos entes queridos, mais não podemos reclamar afinal, Ele só nos dá uma cruz que possamos carregar e nós que trate-mos de nós conformar.
Afinal tem coisas na vida que você realmente não pode mudar, controlar, remediar, transformar.
Sempre dá uma hora na vida que a gente quer mandar tudo pra puta que pariu e sair fora.
Mais um bom exemplo que não podemos fazer tudo.
Se você quiser se sentir bem, você tem que sair e fazer algo de bom.
Vamos em frente, caminhando, perdendo o rumo, criando atalhos, desviando dos perigos, capotando, sofrendo acidentes, repensando os caminhos, mais andando, pra frente, pro objetivo, sem descanso, sem paradas, sem folga, nunca tem fim, não tem fim da linha, não tem abismos, não tem nada, só mais estradas. Afinal, sempre mudamos o foco, sempre queremos mais ou queremos outra coisa. Tá na hora de saber o que quer e correr atrás disso. Pronto, acabou a parte pessoal.

Fade out.

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".
- Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

.I put up my best, but I'm still afraid.


Tentar desabafar para mim é como me despir no meio da rua, me dá uma sensação de extrapolar os limites a que me imponho. Não é uma sensação boa de alívio ,de superar um desafio, é uma sensação de timidez, de desconforto, creio que dizer as coisas que sinto claramente a alguém não cabe a mim.
Não que eu não saiba expressar meus sentimentos, porque creio que isso eu saiba bem, me comporto de maneira confortável, o que me assusta e aflinge é o desabafo, é chorar no colo de alguém é dizer "Ei mundo eu estou aqui, completamente desesperada e com medo, Ei mundo você pode me ouvir? Eu estou aqui e preciso de ajuda."
Eu posso medir minhas fraquezas pela qualidade dos meus trabalhos, pela quantidade de atividades que me proponho a fazer, pelo excesso de piadas que tento contar, pela maneira como eu me lembro continuamente durante o dia que eu preciso sorrir e me concentrar.
Quanto mais eu me cobro, mais eu disfarço, mais eu me escondo e vejo que mais eu estou sofrendo, é uma maneira um tanto quanto peculiar de medir dor e sofrimento, mas vindo de alguém que enclausula estranhamente seus sentimentos, não é de se esperar algo diferente.
Não sinto vontade de mudar, de escancarar meus problemas, de receber palavras de apoio do tipo, calma isso passa, tudo passa, até a uva passa, elementar meus caros amigos é nessas horas que eu agradeço por ninguém saber das minhas dores.
E talvez tão fechada como uma ostra no mar fico eu aqui, sem deixar que saibam se estou triste ou feliz.

terça-feira, 5 de outubro de 2010


Não importa quanto vai durar - é infinito agora.

Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteira e fico toda enrolada correndo de uma estrela cadente para outra até desistir. Assim é a noite, e é isso o que ela faz com você, eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser a minha própria confusão.

domingo, 3 de outubro de 2010


“Mas Holly, a vida de ninguém é repleta de momentos perfeitos. E se fosse, não seriam momentos perfeitos. Seriam apenas normais. Como você poderia saber o que é a felicidade se nunca tivesse experimentado as quedas?”
PS.: Eu te amo.

sábado, 2 de outubro de 2010

.espelho.


"Pedimos a transparência na relação, mas só nos contentamos com o espelho."

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

.silêncio.


Quero gritar!
Mas temo que o Silêncio
Me emudeça
Com uma Verdade Cruel

Temo que as vozes da Solidão
Ajam dentro de mim
Como punhaladas

Temo que as Lágrimas
Brotem em meus olhos

Temo que a Felicidade
Se afaste mais um passo

Temo que o Sorriso
Desapareça dos meus olhos
Como aconteceu em meus lábios

Temo que a Saudade
Estoure em meu peito e
Imitando o Silêncio
Impeça-me de gritar

Gritar seu nome
Meus sentimentos
Meus desejos

Gritar seu rosto
Sua voz
Os seus carinhos

Gritar Você!